quinta-feira, 12 de julho de 2012

Trinta Moedas

Está chegando a hora: as quatro sessões do musical Trinta Moedas acontecem no próximo final de semana, em Brusque. Como toda produção do Grupo de Arte Alina Lamparina, só podemos esperar o inesperado, fruto de uma exatidão que não é fácil de achar em uma trupe, afinal de contas, amadora. 



O tempo passou rápido e não incomodamos o diretor Rodrigo Vechi com nossas três perguntas. Mas nem precisava: o texto que está no programa do musical - e que ele publicou também hoje no Município Dia a Dia - conta bem a longa relação dele com as inspirações para este novo espetáculo.  Quem puder, não perca. 


Quando o Dia Chegar 

Quando eu comecei a me interessar por teatro musical, lembro de ter ido com meus pais a São Paulo onde assistimos a uma montagem de Godspell, a versão brasileira do Miguel Falabella para um clássico da Broadway dos anos setenta. 

Eu tinha meus vinte anos e fiquei tocado com o que tinha acabado de ver. Mas o melhor termômetro era meu pai, que não gosta de musicais em geral. Mas gostou daquele. 

A história era familiar: a história de Jesus, contada de acordo com o Evangelho segundo São Mateus, suas parábolas encenadas por aquela trupe e devidamente ilustradas com canções. Foi lindo e desde então eu o tenho pendurado na parede da minha memória. 

Anos mais tarde, eu estava em Londres. Entrei numa loja de instrumentos e esbarrei numa prateleira repleta de livros com partituras de diversos musicais – entre eles Godspell. Comprei. E agora não consigo lembrar se comprei porque desejava, no meu íntimo, montá-lo um dia ou se o desejo nasceu ao tocar aquelas canções. 

O fato é que estava grávido dessa história há muito tempo e agora chegou o dia de vê-la nascer. É uma sensação gostosa saber que um projeto antigo saiu da gaveta das intenções e chegou até a ribalta. 

Mais que isso, estou imensamente feliz por ter os amigos que tenho e que sonham comigo os meus sonhos. Só assim pra gente fazer isso tudo acontecer. 

Rodrigo Vechi – diretor 





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